Um bebê de dois meses teve um dos pés amputados, na terça-feira, 02, após ter complicações enquanto estava internado no Hospital Materno-Infantil Doutor Joaquim Sampaio, em Ilhéus.
A família acusa a unidade de negligência. Após denúncia, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) abriu uma investiga para apurar a situação. Já a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) avalia a conduta médica.
De acordo com a mãe de Heitor Gustavo, Sara Ribeiro, a criança deu entrada na instituição no dia 16 de maio, com uma bronquiolite, e, durante a realização de um exame de Raio-x, teve uma parada cardíaca.
Na ocasião, um médico aplicou medicação por acesso venoso no pé do bebê, e, conforme a família, a substância teria escapado, provocando uma infecção na região do calcanhar, o que levou o pé a necrosar.
A amputação aconteceu no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, para onde a criança foi transferida depois da complicação na saúde. Heitor Gustavo segue internado na unidade.
A família de Heitor acredita que a demora no tratamento da ferida motivou a necrose do pé do menino. Conforme a mãe do bebê, o garoto precisava ser levado com urgência para Salvador, mas a regulação demorou para ser autorizada.
Heitor só foi transferido para a capital baiana 22 dias depois após o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ser acionado pela família e conseguir uma decisão judicial que obrigava a realização da regulação.
No HGE, após alguns dias de tratamento, a família foi orientada a autorizar a amputação do pé do bebê por causa da gravidade do estado médico dele.
O promotor de Justiça Pedro Nogueira Coelho afirmou que o Ministério Público solicitou todos os prontuários médicos de Heitor.
O órgão vai avaliar os documentos e decidir se vai tomar medidas cabíveis a partir da acusação de negligência feita pela família.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab) informou que o bebê foi acolhido pela equipe do Hospital Materno-Infantil Doutor Joaquim Sampaio, encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UIT) Pediátrica, onde passou a receber cuidados intensivos.
Durante a internação, conforme a Sesab, houve uma piora no estado clínico do paciente, sendo necessário o estabelecimento de um acesso venoso para administração de medicamentos. O órgão de saúde afirmou que a lesão no pé direito aconteceu após uma "complicação ao tratamento devido a gravidade do caso".
A secretaria afirmou que o bebê foi acompanhado por um especialista em cirurgia vascular e que foi transferido para o HGE, em Salvador, diante da complexidade do caso.
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