O grupo criado pelo Governo da Bahia para tratar conflitos agrários no extremo sul do estado se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira, 24, em Salvador, sem a presença de representantes dos povos indígenas.
Lideranças informaram que não foram convidadas e não sabiam do encontro. Já o Governo informou que houve convite, mas que os indígenas pediram uma reunião separada, que deve acontecer ainda nesta semana.
A reunião aconteceu na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com organização da Secretaria de Relações Institucionais (Serin) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
“Essa é a primeira reunião de trabalho com produtores e é bom ressaltar que este é o segundo passo para a resolução dos problemas. Vamos manter o efetivo de policiais na região e também iremos conversar com os indígenas ainda essa semana, pois precisamos insistir nesse diálogo. O Governo do Estado não medirá esforços para garantir a paz no campo”, afirmou Adolpho Loyola, secretário de Relações Institucionais.
De acordo com o Governo da Bahia, estaveram presentes representantes rurais da região, sindicalistas, representantes da SSP-BA, Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM), Ordem dos Advogados da Bahia (OAB), Associação das Mulheres do Agro no Extremo Sul (AMA), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), além dos deputados estaduais Robinho (UB) e Leandro de Jesus (PL).
O grupo de trabalho foi divulgado pelo Governo da Bahia na última quarta-feira, 19. O anúncio aconteceu durante uma reunião ocorrida na cidade de Teixeira de Freitas, que fica no extremo sul do estado.
Além dos representantes da gestão estadual, o grupo conta também com integrantes da Federação da Agricultura da Bahia (FAEB) e dos povos originários.
Na ocasião, os detalhes foram passados pelos secretários de Relações Institucionais (Serin), Adolpho Loyola, e da Segurança Pública (SSP-BA), Marcelo Werner, que desembarcaram em Teixeira de Freitas para acompanhar de perto os problemas sobre invasão de terras.
Na quinta-feira, 20, logo após a visita dos secretários na região, foi lançada a "Operação Pacificar", que resultou na prisão de 11 pessoas e na apreensão de armas. No total, foram cumpridos 19 mandados de prisão e de busca e apreensão em imóveis rurais da região.
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