O presidente de uma associação de tratamento médico com uso da maconha, identificado como Vitor Lobo, foi preso na quinta-feira, 28, após se apresentar na sede do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), em Salvador, acompanhado de um advogado. Ele é suspeito de participar de um esquema que vendia a substância para uso em cigarros eletrônicos, mais conhecidos como "vape".
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que o homem, que não teve a identidade revelada, falsificou documentos para comprar derivados da Cannabis de forma irregular.
O suspeito estava com um mandado de prisão preventiva em aberto desde quinta-feira, 20 e era considerado foragido.
Outros dois envolvidos no esquema foram presos no dia 10 de março, durante a "Operação Salvo Conduto", no Corredor da Vitória, área nobre de Salvador, e em São Paulo. Eles permanecem à disposição da Justiça.
O esquema de tráfico de ‘maconha líquida’ usava médicos e um delivery de motoboys na operação criminosa. Os médicos eram pagos para, no ato de prescrição de medicamentos, indicarem uma empresa como um meio para se obter os produtos mais rapidamente.
“Só que a um preço muito superior. Os frascos de óleo dele saíam por mais de R$ 1 mil, enquanto existem outros similares a R$ 300. O médico receitava, indicava e faziam um delivery dos óleos. Existia isso, além do tráfico das canetinhas”, relata uma fonte com atua na regularização do uso de cannabis.
Os valores obtidos pelo esquema criminoso teriam superado quantias milionárias.
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