Por: Claudemir Zafalon
O mercado de cacau iniciou esta segunda-feira com fraqueza nos preços, influenciado por uma liquidação de posições compradas e realização de lucros por parte dos investidores. A movimentação ocorre após a divulgação do relatório semanal da CFTC (Commodity Futures Trading Commission), que mostrou que os fundos aumentaram suas posições líquidas compradas em 4.417 contratos no período de 6 a 13 de maio, totalizando uma posição líquida comprada de 18.496 contratos.
Na última sexta-feira (16), o contrato de julho teve um pregão bastante volátil, oscilando entre a mínima de US$ 10.308 e a máxima de US$ 11.068 por tonelada, encerrando o dia cotado a US$ 10.898/t. A variação positiva foi expressiva, com alta de US$ 641 no dia. Ao todo, foram negociados 13.683 contratos, com um volume total de 36.410 contratos. O interesse em aberto também registrou crescimento, alcançando 108.531 contratos — o que reforça o apetite do mercado por novas posições.
Nos portos dos Estados Unidos, os estoques certificados monitorados pela ICE tiveram leve alta, somando agora 2.153.297 sacas, o que contribui para uma leitura mais confortável do lado da oferta física, mesmo diante das recentes oscilações no mercado futuro.
Outro fator de atenção para os investidores é o contrato do real frente ao dólar, negociado na bolsa CME, com vencimento em 31 de junho, que está cotado em US$ 5,675. A valorização do dólar frente à moeda brasileira pode influenciar diretamente os preços no Brasil, maior produtor da América Latina.
Vale destacar ainda que o depósito de garantia (margem) exigido para operações com contratos futuros de cacau está em US$ 14.399 por contrato, fator que também influencia a tomada de posições no mercado.
Com um cenário de ajustes técnicos e reavaliação de estratégias pelos fundos, o mercado segue atento às novas sinalizações econômicas e climáticas que possam impactar a oferta e a demanda global da commodity.
Fonte: mercadodocacau
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