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Cacau ultrapassa US$ 11 mil por tonelada em meio a temores de oferta e queda na qualidade da safra

QUINTA 22/05: ARROBA FECHOU EM R$ 850,00

22/05/2025 às 19h00 Atualizada em 22/05/2025 às 19h03
Por: Marcos Paulo
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Cacau ultrapassa US$ 11 mil por tonelada em meio a temores de oferta e queda na qualidade da safra

Por: Claudemir Zafalon

 Na manhã desta quarta-feira (22), os mercados globais enfrentam forte pressão de venda, tanto nos produtos agrícolas quanto nos principais índices acionários da Europa e da Ásia. O destaque fica para o mercado de cacau, que segue com tendência de alta acentuada em meio à crescente incerteza sobre a oferta global.

O contrato futuro de cacau rompeu recentemente a marca de US$ 11.000 por tonelada, patamar não registrado desde 30 de janeiro. A escalada de preços é impulsionada pela atuação de investidores especulativos e, sobretudo, por preocupações com a oferta na Costa do Marfim, maior produtora mundial da commodity.

Apesar das informações recém-divulgadas no início da semana sobre chuvas abundantes na região, técnicos locais de climatologia afirmaram que os volumes registrados não foram suficientes para suprir a necessidade hídrica das lavouras. O clima seco persiste e continua sendo uma ameaça ao desenvolvimento tanto da safra intermediária quanto da safra principal futura.

Além disso, relatórios de mercado indicam que a qualidade dos grãos está em franco declínio, levando a um aumento nas rejeições nos portos e ao receio de que a escassez se intensifique. Embora os dados mais recentes mostrem que os envios de cacau aos portos somaram 1,58 milhão de toneladas no atual ano comercial (de 1º de outubro a 18 de maio) — um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior — o ritmo de crescimento desacelerou consideravelmente. Em dezembro, o avanço acumulado era de 35%.

Entre os dias 12 e 18 de maio, as chegadas semanais aos dois principais portos da Costa do Marfim caíram acentuadamente, resultado direto da maior quantidade de grãos recusados por baixa qualidade. Esse cenário elevou a aversão ao risco e fortaleceu o movimento de alta dos preços nos últimos dias.

Na sessão de ontem, o contrato de julho do cacau oscilou entre US$ 10.410 e US$ 10.949, encerrando o dia em US$ 10.719/tonelada, com queda de US$ 155. O volume negociado foi de 7.852 contratos, com um volume total de 20.697 contratos/tonelada (ctrs). O interesse em aberto manteve-se estável em 105.073 ctrs.

Nos Estados Unidos, os estoques certificados pela ICE registraram crescimento de 9.747 sacas, totalizando 2.165.175 sacas disponíveis.

No mercado cambial, o contrato futuro do real frente ao dólar, com vencimento para 31 de maio, está cotado a R$ 5,66 na bolsa CME, refletindo a volatilidade cambial que também impacta a precificação de commodities brasileiras no exterior.

A expectativa dos analistas é de que o mercado de cacau continue sensível às informações climáticas e logísticas na África Ocidental, mantendo o viés de alta enquanto não houver uma reversão no cenário de oferta restrita, baixa qualidade da produção e clima desfavorável.

Fonte: mercadodocacau

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